segunda-feira, 14 de julho de 2014

David Luiz agradece à Copa pela oportunidade de se tornar exemplo para jovens do Brasil

A defesa brasileira sofreu dez gols nos dois últimos jogos da frustrante campanha que rendeu só o quarto lugar aos anfitriões da Copa do Mundo, mas nenhuma frustração tira de David Luiz uma vitória particular em seu primeiro Mundial. O zagueiro, que joga na Europa desde 2007, se tornou um ídolo para a torcida nacional, só sendo superado por Neymar no gosto popular.
A empatia entre o defensor e os brasileiros ficou clara mesmo na disputa do terceiro lugar, quatro dias após a humilhante derrota para a Alemanha na semifinal. Bastava aparecer a cabelereira característica do jogador no telão ou seu nome ser anunciado para gerar furor nos presentes no Mané Garrincha. Por isso, o camisa 4 pôde sair de Brasília com motivo para sorrir mesmo após perder por 3 a 0 para a Holanda no adeus da Seleção à Copa.

“Sou grato por ver que, no meu país, as pessoas puderam ver como sou, mesmo com a minha carreira toda construída na Europa. Graças a Deus, tive a oportunidade de mostrar a pessoa que sou, o que sempre quis. Fico surpreso e feliz porque, muitas vezes, é difícil como zagueiro ser ídolo dessa forma no futebol, sei muito bem disso. Podem ter certeza de que esse é um dos grandes confortos que tenho no meu coração”, discursou, sentindo-se um exemplo.

“Há coisas muito mais valiosas que podemos passar para a sociedade, hoje o jogador de futebol tem a oportunidade de ser um grande exemplo para a sociedade. Sempre quis passar o que sou: um cara simples, abençoado e privilegiado por Deus por ter a melhor profissão do mundo. Sempre tentei mostrar para as crianças ou para nova geração o que tenho de melhor, que é, simplesmente, ser eu, em todos os sentidos, em todos os momentos”, definiu-se.

Se coloca a transparência como sua melhor característica, o atleta de 27 anos, autor de dois gols na Copa, não pode esconder que acabou o torneio entristecido. “Eu preferiria uma Copa totalmente ruim para mim e ter o título, podem ter certeza absoluta disso. Nunca fui egoísta, sempre pensei nos outros. Isso, às vezes, é ruim, mas sou assim, é isso que me traz felicidade”, indicando, trabalhando com base em autoajuda para atuar como líder e indicar a melhora do time.

“O que não nos mata nos deixa mais fortes, e existem pessoas que passam por inúmeras dificuldades muito maiores do que as nossas. É colocar os pés no chão, manter o que fizemos de positivo no futuro e melhorar o que fizemos de negativo para nos tornarmos cada vez mais fortes. Ficamos felizes por ter a oportunidade de, no futuro, mudar isso”, falou, pensando em 2008, mas sem esquecer do tratamento de astro recebido em 2014.


“Como não vou agradecer por ser um dos caras escolhidos por Deus para ter a oportunidade de disputar a Copa no meu país, uma Copa do Mundo onde a Copa sorriu também para mim de forma maravilhosa até as quartas de final. De repente, teve aquele duro golpe onde todos ficaram tristes, abatidos, mas precisamos ter a humildade de reconhecer e ver onde erramos”, ensinou.

in Superesporte

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