O laboratório da Luz continua a dar bons resultados e a arranjar antídotos para as situações mais complicadas. No encontro com o Portimonense, as águias não estavam a conseguir materializar em golo as oportunidades criadas e foi num lance de bola parada que os campeões nacionais derrubaram o muro defensivo dos algarvios, alcançando assim a quarta vitória consecutiva na Liga.
À primeira vista, o golo de Javi García parece normal, como tantos aqueles que existem na sequência de bolas paradas, em que existiu uma falha clamorosa de marcação dos homens de Portimão. Mas observando a jogada com mais atenção, percebemos que tudo resulta de um exaustivo trabalho de casa em que vários jogadores têm um papel preponderante na jogada, a começar pelo batedor do livre, Carlos Martins.
O internacional português fez um passe para uma zona morta, onde não estava ninguém e Javi apareceu que nem uma seta, vindo do segundo poste, a cabecear para o golo. No lance é preciso destacar o papel preponderante de Luisão e David Luiz. Os dois centrais fizeram uma autêntica parede aos jogadores do Portimonense, bloqueando a sua ação na jogada. O Girafa prendeu um defesa, enquanto o camisola 23 ocupou-se de dois adversários. Tudo isto permitiu que o espanhol aparecesse sozinho à entrada da pequena área, batendo Ventura.
Repetição
Este movimento não é virgem na equipa encarnada. Aliás já esta temporada os lisboetas apontaram golos usando esta jogada, que voltou a dar frutos no Algarve.
No encontro com o V. Setúbal, referente à terceira jornada e a partida diante do Arouca para a Taça de Portugal, Luisão beneficiou dos bloqueios dos companheiros para aparecer em zona privilegiada e cabeceou com êxito para as redes contrárias. Um movimento estudado e que continua a surpreender.
Fonte: Record
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