Percebo a tentativa de reabilitação do grupo depois de uma derrota clara com o eterno rival, mas ninguém acredita no que disse Paulo Sérgio.
Ao contrário do que afirma o treinador do Sporting, parece-me que a sua equipa não jogou nada bem e não teve o mesmo número de oportunidades que o Benfica. O que o Sporting teve, isso sim, foi um único lance de golo, protagonizado por Liedson, e mesmo esse surgiu minutos depois de Rui Patrício, um dos homens do jogo, ter evitado o terceiro do Benfica, por Fábio Coentrão. Não há sequer espaço para discussão em relação a isso, porque factos são factos.
O Benfica cresceu no dérbi; não até ao nível da última época, mas cresceu. Isto porque o seu futebol teve profundidade, com Fábio Coentrão, sobretudo, e Maxi Pereira, às vezes, a dominarem nos corredores; porque a organização defensiva (... e não apenas os quatro defesas) foi mais eficaz; e porque finalmente apareceu o seu matador ao mais alto nível, Óscar Cardozo. A esta dinâmica a equipa juntou uma boa dose de solidariedade e alegria, esquecendo-se dos louros obtidos num passado recente. Não sei se haverá ainda muito frango para virar, como diz Jorge Jesus, mas a verdade é que se o Benfica tivesse aplicado desde o início esta dose, não estaria a nove pontos do FC Porto, teria resistido aos erros de Olegário Benquerença e até aos frangos de Roberto.
Fonte: OJogo
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