Em 1854, durante a Guerra da Crimeia, enquanto assistia a uma voluntariosa carga de cavalaria da Brigada Ligeira inglesa contra a bem defendida artilharia russa, o general Bosquet comentou para a pessoa que se encontrava ao seu lado: “É magnífico, mas não é guerra”. Pois bem, algo semelhante se poderia dizer sobre a inesperada estreia de David Luiz em Paris: era magnífico, mas não era futebol. Era só ainda bravura e resiliência.
Como seria de prever, David Luiz entrou visivelmente nervoso e até foi dele a culpa do primeiro golo adversário (mas até isso considero que foi um sinal de respeito pelo clube – digam o que disserem, não há nada pior do que um jogador que rubrica uma exibição sem mácula logo na primeira vez em que veste a camisola do Benfica. Pessoalmente, levo isso a mal. Um jogador que se estreie com a camisola do Benfica e a quem as pernas não tremam nas primeiras cento e cinquenta vezes em que toca na bola é alguém que não tem a mínima ideia da grandeza do Benfica). Depois, desde a segunda parte dessa partida até à atualidade, é o que se tem visto: um Beckenbauer, mas em bom. Se for para o Chelsea, muito e muito obrigado por tudo. Se não for, é possível que, na quarta-feira à noite, ele tenha umas contas a ajustar.
Por Miguel Góis, in Record
4ªf. queremos a desforra!
ResponderEliminarA melhor parte, sem dúvida alguma "(mas até isso considero que foi um sinal de respeito pelo clube – digam o que disserem, não há nada pior do que um jogador que rubrica uma exibição sem mácula logo na primeira vez em que veste a camisola do Benfica. Pessoalmente, levo isso a mal. Um jogador que se estreie com a camisola do Benfica e a quem as pernas não tremam nas primeiras cento e cinquenta vezes em que toca na bola é alguém que não tem a mínima ideia da grandeza do Benfica)"
ResponderEliminarGRANDE MIGUEL GÓIS!
eu tou com um bom feeling para o jogo de quarta, vamos lá ver se ele estará correcto xD
ResponderEliminarOs gato fedorento são muito bons na vertente humorística, mas também muito bons a escreverem crónicas, por exemplo o RAP é um génio! Do Miguel acho que é a primeira que leio, do Diogo Quintela não vale a pena porque é lagarto :p