Em suas primeiras declarações como técnico da seleção brasileira, Dunga deu seu recado: quer jogadores comprometidos com o futebol jogado em campo e menos preocupados com o marketing pessoal. Para muitos, um dos alvos do treinador era David Luiz, que comentou a ‘crítica'.
"Concordo, sim", respondeu, ao ser perguntado por um jornalista brasileiro sobre as palavras do técnico. "O Dunga falou o que é o natural para o que quer um treinador, que é que os onze jogadores estejam bem dentro do campo", continuou o brasileiro, em sua apresentação no PSG.
Dunga citou a questão do "marketing pessoal" ao responder uma pergunta sobre David Luiz, em entrevista há duas semanas, ao programa ‘Fantástico', da TV Globo. O zagueiro disse que ouviu as palavras do treinador, mas não crê que a crítica tenha sido direcionada a ele.
"Eu vi a entrevista. A menina me citou na pergunta, mas ele (Dunga) não falou de mim na resposta, né?", disse. "Nunca vendi uma imagem. Eu sempre fui eu. As pessoas gostam, ou não. Passo o que sou. Não tento ser bonzinho ou bad boy para que gostem de mim", assegurou David Luiz.
Ainda que tenha tentado se descolar de qualquer fama de marqueteiro, o reforço do PSG reconheceu que não há problema em ter se tornado um ícone midiático durante a Copa do Mundo. "Todo mundo gosta desse carinho da torcida, e acho que os brasileiros enxergaram o verdadeiro eu."
Na própria apresentação no PSG, o zagueiro teve que responder perguntas que extrapolam o campo de jogo, como o quanto tempo demora para arrumar o cabelo. "Seis horas", brincou. "Que nada, só jogo uma água, com xampu para não cheirar mal, ele já fica enroladinho e vou treinar", seguiu.
Coincidência ou não, David Luiz usará a camisa 32 no PSG, justamente a camisa que foi utilizada por David Beckham, ícone do marketing no futebol, em sua passagem pelo futebol francês. A preferência do zagueiro era pela 23, a mesma que usou no Benfica, mas já ocupado. Assim, "inverteu" o número.
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