domingo, 9 de outubro de 2011

8 perguntas e meia a...Dri (Amar a 628km de Distância)

No mundo das fanfics, há um nome que se destaca. Sim, é ela mesmo!
Hoje a entrevistada da nossa rubrica, é a Dri, que nos vai revelar mais um bocadinho daquilo que ela é enquanto pessoa, desfazendo-se assim um pouquinho da sua personagem!


Como é que descobriste esse teu gosto e esse teu talento para a escrita?
Desde sempre que gostei de escrever… Primeiro porque sempre tive excelentes professoras que cultivaram em mim esse gosto e me levaram a descobrir o deleite que conseguia retirar da escrita; e segundo porque ler é e sempre foi uma das minhas formas de evasão predilectas e por isso mesmo faz todo o sentido que tenha desenvolvido o gosto pela escrita, uma vez que esta está fortemente interligada com a leitura.
Em pequena, ainda não andava na primeira classe e já sabia ler e escrever, recordo-me de achar imensa piada a criar historiazinhas, coisas sem significado, mas que até hoje recordo com carinho quando encontro uma ou outra em cadernos antigos. Claro que era um estilo de escrita totalmente diferente daquela que exercito hoje em dia, mas creio que foi nessas pequeninas coisas que encontrei o “bichinho” necessário para levar a cabo aquilo que faço hoje.

Na altura, achaste que a fanfic te abriu um caminho para desenvolveres e dares a conhecer essa tua paixão?
Lembro-me que comecei a fanfic há pouco mais de ano e que quando o fiz, somente tinha em mente deixar fluir a minha escrita, mas servindo-me de uma personagem que estava presente no dia-a-dia de todos os benfiquistas, mais que não fosse daqueles que todos os fins-de-semana se deslocavam ao estádio para apoiar o nosso glorioso.
Confesso que nunca achei que a minha escrita se alastrasse a um número de pessoas tão grande, mas agora é claro que encaro o início da fanfic como uma maneira extraordinária que encontrei, ainda que sem intenção, para expandir este meu passatempo e acho que desde o início a evolução na minha escrita se tornou significativa, noto isso tanto a nível pessoal, como através dos feedbacks deixados pelos leitores.

Reveste na personagem da Adriana? Em que é que são semelhantes e em que é que se diferenciam?
Acho que é inevitável quando escrevemos uma história, seja ela de que carácter for, não nos revermos um pouco numa ou outra personagem e como não podia deixar de ser este é um dos casos. Acho que o facto mais óbvio é a igualdade do meu nome e o da personagem principal, mas não é apenas nisso que me reflicto.
Retrato por vezes na história alguns dos sentimentos vividos no dia-a-dia, desde a doçura, raiva, tristeza… porque a escrita é o meu escape para libertar sensações e vivências que por vezes não exteriorizo.
No entanto acho que a minha personalidade acaba por ser um pouco mais temperamental que a da Adriana, que apesar de se entregar um pouco demais à dor, por ser ingénua e sentimental, não consegue assumir uma certa postura de frieza, que eu encontro em mim em diversas situações. Mas por vezes não é só ela a afectada pelo meu estado de humor, tendo as influências deste já chegado a mudanças de carácter mais drástico em outras personagens, até mesmo no David.

Muitas vezes no blog, queixaste da falta de tempo. É muito complicado conciliares os estudos com a história? As ideias para o desenrolar da narrativa surgem normalmente?
Apesar de ser uma pessoa muito organizada a nível pessoal e profissional, tentando minimizar assim a dificuldade em gerir tarefas, esta acaba por surgir inevitavelmente uma vez que me encontro numa recta final de uma das fases mais importantes do meu futuro: o secundário. Como estou no 12º ano, agora é o “tudo ou nada” e como acho que é compreensível os estudos são a minha maior prioridade, apesar de gostar imenso de escrever a história, mas infelizmente esta acaba por ficar para segundo plano, especialmente porque me encontro numa área profissional muito ligada a trabalho prático, artes visuais, e portanto os trabalhos roubam-me imenso do meu tempo livre para os ter sempre prontos nos prazos de entrega estabelecidos.
No entanto, sempre que o tempinho livre surge, “corro” para adiantar o próximo capítulo de forma a puder postá-lo tão rapidamente quanto possível e nisso tenho de agradecer aos meus leitores que são sempre pacientes e imensamente compreensíveis.
Relativamente ao desenrolar da história este acaba por surgir naturalmente, pois desde o início da fanfic, que tracei na minha cabeça os pontos-chave da história, tendo então a plena noção do que pretendo escrever a seguir. Geralmente rascunho os capítulos no meu caderno e só então os passo para o computador, fazendo acertos, correcções, acrescentos, etc… Tudo aquilo que é necessário para que vos possa presentear com algo do agrado geral.

Qual é a sensação de veres tanta gente a seguir e a deixar comentários no blog? É o suplemento extra que precisas para continuares com a história?
É claro que é muito bom ver nas páginas do blog aqueles numerozinhos redondos e rechunchundinhos a preencher os seguidores e os comentários, pois torna-se bastante gratificante sentir que estamos a escrever aquilo que queremos e que apesar de em primeiro lugar o fazermos para nós, tantas outras pessoas lêem e apreciam algo que nos dá tanto trabalho, mas acima de tudo prazer em levar a cabo.
E sim… Por vezes quando me sinto mais desmotivada ou com falta de imaginação, eles são o suplemento extra que tanto necessito para continuar com a história, porque na verdade o que poderá haver de mais compensador do que encontrar mais de trinta e tal comentários a um capítulo nosso?
Por isso só tenho a agradecer a todos os leitores, pois são eles que ajudam a construir aquele cantinho, que mais do que “meu” se tornou “nosso”… A eles um muito obrigada!

A fanfic “Amar a 628 km de distância” está para durar?
A fanfic está toda programada até ao seu desfecho e ainda será marcada por alguns breves acontecimentos até se encaminhar para a recta final. Acho que quando terminar, terei saudades de publicar a minha história, mas tenho noção de que esta não se poderá prolongar por muito mais, no entanto nada me impede de a continuar por vontade e “consumo” próprio, oferecendo ao David e à Adriana muitos outros capítulos da sua história de amor, que tantas leitoras prendeu até hoje.

No futuro, pretendes seguir alguma coisa ligada às letras? Quais as tuas expectativas para a área da escrita e para o futuro?
Apesar das aptidões que atribuem na área das letras, não pretendo seguir nada relacionado com a mesma, apesar de me sentir na minha praia quando me entrego à escrita. No futuro somente me vejo a desenvolver a escrita como hobbie, mas não coloco de lado a hipótese de um dia tentar lançar algum romance ou algo dentro do mesmo género literário, pois foi sempre algo com o qual sempre sonhei à medida que desenvolvi as minhas capacidades.

Suponho que sejas uma das tantas fãs que o David deixou em Portugal. Quais são as características que mais admiras nele? Achas que o Chelsea foi uma boa opção para ele?

Apesar de nunca ter conhecido pessoalmente o David, admirou-o imenso como pessoa, pois transparece um carácter simples, humilde e solidário.
Dentro do campo é a máquina invencível que todos conhecemos, tem um coração enorme, uma força imparável e uma personalidade do outro mundo… Não há como não ver nele o super-herói com que todas as crianças sonham em pequeninas.
Outra das coisas que mais me faz simpatizar com ele, é a crença desmedida que deposita em Deus, uma vez que também eu sou evangélica e encaro a fé de forma muito semelhante à dele.
Relativamente à sua ida para o Chelsea, devo confessar que me entristeceu a mim, como a qualquer benfiquista, pois era na Luz que o queríamos ver erguer multidões, mas felizmente a sua hora de voar mais alto chegou e graças a Deus tudo lhe corre de feição.
Escolheu um grande clube, mudou-se para uma das minhas cidades preferidas (Londres) e mesmo cá de longe continua a alegrar-me com todas as vitórias que conquista, por isso só lhe desejo toda a sorte do mundo e o anseio de uma regresso rápido à casa que o viu crescer enquanto jogador e homem, aguardando vê-lo encerrar carreira no clube onde concretizou o sonho de menino de ser campeão.

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